29.1.08

Isoladas.

A bolsa caiu. Tive um sonho em francês. A bolsa subiu. Fiz um eletrocardiograma (deu tudo normal ou ótimo). A bolsa caiu de novo. E subiu de novo. Passou-se a primeira semana de Rest & Recovery. Quebrei a gancheira do meu quadro. Instalaram o ar-condicionado. Escrevi o relatório de nanofotônica. Bolsa subindo outra vez. Troquei os rolamentos da minha caixa de centro. Ainda nenhuma resposta da Sandra quanto aos resultados do time delay. Quebrei a gancheira de novo. Terminei o livro do Saramago. And the blues are still blue!

21.1.08

A terceira semana e o 42.

Findadas três semanas de base, corremos ontem em Igrejinha, pela segunda etapa da Copa União/Gatorade. Já notamos ganhos significativos na performance de toda a equipe, que infelizmente só não trouxe melhores resultados devido ao azar de um pneu furado, que tirou o Gean das primeiras colocações faltando menos de 5 voltas para o final da prova. Eu acabei em 6o, um pouco desapontado com meu sprint na chegada. Esta quarta semana, que se inicia hoje, é de treinos mais leves e recuperação, conforme prega a sabedoria infinita do plano de treinamento.

E, enquanto isso, no mundo das órbitas periódicas do meu grafo quântico... a minha aproximação espelhava muito bem as medidas exatas, porém sempre fora de sincronia. Tentei todos os parâmetros possíveis, e os picos sempre apareciam deslocados, ora para a direita, ora para a esquerda. A literatura mencionava uma termo de ajuste, mas sem muitos detalhes de como determiná-lo. Pois bem, decidi incluir uma fase arbitrária para tentar casar as curvas - e, sendo uma escolha arbitrária, nada mais justo do que escolher um valor de 42 - a Resposta à Pergunta da Vida, do Universo e Tudo Mais. Ora pois, qual não foi a surpresa quando descobri que esta escolha trouxe o melhor ajuste encontrado até então - suscitando inclusive preocupações profundas entre alguns dos meus amigos, conhecedores das profecias de Douglas Adams...

14.1.08

Da natureza da raça humana

Hoje pela manhã, fui ao tradicional "Treino do Laçador" (vide comentário). Foi um resumo das razões pela qual nosso ciclismo aqui no Estado é, no mínimo, provinciano. Campeões de treino que, frequentemente, têm desempenhos pífios nas competições - e, mesmo todos eles me comentando que recém haviam retornado aos treinos, o ritmo era forte, numa constante disputa do tipo "o meu é maior que o seu". Depois da terceira ou quarta aceleração, eu simplesmente deixei o grupo, passei para uma marcha mais leve, e só fui encontrá-los uns 10km depois, quando um deles furou um pneu, e o ritmo voltou à niveis mais aceitáveis para esta época da temporada. Até aí, nada que eu já não soubesse que aconteceria antes de sair de casa.

O grande dessabor veio de uma conversa com um conhecido atleta que compete por uma das maiores equipes do centro do país, e está temporariamente de férias por aqui, visitando sua família. Os relatos de trapaças, envolvendo doping, resultados fixados, e outras baixarias, são de desanimar qualquer um. Aparentemente, quanto maior a quantia envolvida - além da premiação muito melhor, alguns destes ciclistas chegam a ganhar salários bem razoáveis, se não os compararmos com jogadores de futebol, claro - maior a disposição de burlarem-se as regras, a moral e a ética.

Nada que eu já não soubesse, diga-se. Em meados de 2005, uma constatação parecida após o Campeonato Brasileiro, juntamente com meu então recente atropelamento durante um treino, me levaram a pendurar a bicicleta por um bom tempo. Hoje, ao contrário, estou tentando canalizar todas estas adversidades como motivação para treinar mais e melhor. Ganhar, contra esse tipo de gente, será muito difícil, mas não é este o ponto. Ainda vou disputar o Campeonato Brasileiro este ano, e pretendo alinhar sabendo que, da minha parte, não deixei nenhuma lacuna, que fiz de tudo para tentar o melhor resultado possível - e de cara limpa.

9.1.08

Much ado about nothing

Depois de tudo que me falaram, fui para a estética imaginando uma sessão de tortura. Não que seja a sensação mais agradável do mundo, mas quando ela puxou, eu fiquei pensando "tá, é só isso?".

Ou, como comentei com o Kàzic: eu já me depilei uma vez aterrisando no asfalto a quase 50km/h. Nenhuma cera do mundo vai doer mais que aquilo.

8.1.08

A primeira semana

Voltei à bicicleta dia 1o, num agradável pedal com meus colegas da equipe pela RS-239 entre Campo Bom e Taquara. A primeira semana consistiu de treinos de base, distâncias intermediárias num ritmo bastante moderado - o objetivo é construir a forma aeróbica para, mais tarde, acrescentar o trabalho de força e velocidade. Neste domingo, corremos a primeira etapa da Copa União/Gatorade, em Arroio do Sal. Uma prova localizada tão cedo no calendário seria tipicamente utilizada somente como treinamento, não fosse o fato de eu ser o atual campeão, com toda a responsabilidade que assumimos com isso. Naturalmente, não tinhamos grandes expectativas, dado que eu e o Gean retomamos os treinos havia menos de uma semana, e o Moisés, há menos de um mês, mas mesmo assim, alinhamos para mostrar serviço. Neste sentido, o resultado foi muito positivo: o Gean levou o terceiro lugar, após participar da fuga vencedora com Cleiton Fadanelli (Acaci/Caxias do Sul) e Roberto Rodrigues Jr (Acivas/Beto's BIke), e eu venci a disputa do pelotão pelo 4o lugar, superando Rui Barbosa (Startec/DTools) no sprint final. O Moisés completou a prova no 6o lugar, e o Lucas, nosso novo atleta na categoria Júnior, ficou na 10a posição, após ter perdido tempo precioso devido a um pneu furado. Comemoramos os resultados com um litrão de caldo-de-cana na volta para casa...

Esportivamente, não posso deixar de destacar também a janta de premiação da Copa União/Gatorade de 2007, que foi realizada na última quinta-feira em Taquara. Apesar do calor, haviam representantes de praticamente todas as equipes do certame gaúcho, além das autoridades presentes. Além do troféu, ganhei uma camisa polo personalizada ("Ricardo Wickert - Campeão - Open"). Eu hein? Na foto abaixo, eu junto do Ricardo Machado (FAPA/BikeAdventure), vice-campeão, e Daniel Krause (Startec/DTools), terceiro colocado.
Academicamente, consegui avançar na minha luta contra o time delay, após adotar uma estratégia numérica (ao contrário das tentativas analíticas nas quais eu vinha investindo). Com isso gerei um conjunto de pontos os quais estou agora tentando "casar" com uma descrição baseada nas órbitas periódicas do grafo. Avançar para um problema diferente renovou minha motivação para ver novos resultados, esperando que os próximos passos venham mais rápido que este último.

E, permeando tudo isto - chocolate e café, ou um chimarrão enquanto leio "Ensaio sobre a Cegueira", do Saramago; mais algumas pequenas errandas pela cidade - marcar meu check-up de pré-temporada, renovar passaporte, uma pizza aqui, um sushi ali... - asin pasan los dias.

3.1.08

The difference between men and boys...

... is the price of their toys.
Encomendei minha Cervélo P2C !